• 14 Ago 2023

A contabilidade do Risco Sacado para empresas 

 

O Risco Sacado tem ganhado destaque no universo corporativo como uma estratégia eficiente para otimizar a gestão financeira e fortalecer o relacionamento entre compradores, fornecedores e instituições financeiras. No entanto, muitas empresas ainda enfrentam dúvidas sobre como contabilizar corretamente esse tipo de transação e como as recentes mudanças nas normas contábeis podem impactar suas demonstrações financeiras.

Neste artigo, exploramos o conceito de Risco Sacado, seus benefícios, as melhores práticas de contabilização e as alterações previstas a partir de 2024 que vai transformar a forma como essas operações são apresentadas nos balanços empresariais. 

 

O que é risco sacado?

Risco sacado é uma operação de crédito comum no mercado de trabalho, realizada por três agentes (comprador, fornecedor e a instituição financeira), onde o fornecedor antecipa os seus recebíveis de notas fiscais através do convênio entre o comprador e suas financiadoras. Porém muitas pessoas se perguntam como esse tipo de negociação é alocada no balanço da empresa depois das transações efetuadas.

 

Quais benefícios do risco sacado?

A operação de risco sacado beneficia todos os agentes da operação. Para as instituições financeiras, além do ganho financeiro na operação o processo ocorre de forma segura e rápida. Já para o comprador é uma ótima opção para fortalecer o seu relacionamento com os fornecedores e possibilitar um maior poder de negociação no alongamento do prazo de pagamento. E para os fornecedores a operação oferece taxas muito mais atrativas, benefícios fiscais (isenção de IOF) e viabiliza o acesso ao crédito de forma simples, melhorando o capital de giro da empresa.

 

Como contabilizar o risco sacado?

Vamos supor que ocorreu uma compra para aquisição de estoque para pagamento daqui 90 dias. O primeiro registro seria:

Cliente

D - Estoque

C - Fornecedores a Pagar

Fornecedor

D - Duplicatas a receber

C - Receita

Quando o fornecedor opta pela antecipação deste valor a receber através de uma plataforma de antecipação ele não precisara esperar pelos 90 dias e conseguirá receber o valor referente a nota fiscal. Após isso o cliente de quem ele prestou serviço não irá mais pagá-lo e sim a instituição financeira que virou intermediadora do negócio:

Fornecedor

D - Banco

D - Encargos a transcorrer

C - Duplicatas descontadas

Após o cliente pagar ao banco

Fornecedor

D - Duplicatas descontadas

D - Despesa com juros

C - Duplicatas a Recber

C - Juros a Transcorrer

Para as dívidas superiores a 12 meses a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), publicou em um Ofício Circular as diretrizes para tais operações, com a exigência de divulgação em nota explicativa.

Na prática  

Supondo que uma venda de R$ 30.000, onde os juros propostos pela instituição financeira são de R$ 1.000, o registro pode ser feito da seguinte forma:

a contabilidade do risco sacado na prática

A operação de risco sacado é uma dívida?

Sim, porém ela substitui a antiga dívida que você tinha com o antigo fornecedor, ou seja, não precisa ter alteração no balanço, pois o cliente continua tendo um contas a pagar assim como o fornecedor continua tendo um contas a receber. Mas existem alguns pontos de atenção ao fechar balanço que precisam ser considerados, apesar de não precisar ter movimentação no balanço em relação as contas, a operação de risco sacado, se o valor for significativo, precisa ser evidenciada em nota explicativa e se o novo prazo for maior que o fechamento do balanço deve ser reclassificado para não circulante além de ser ajustado a valor presente.

 

Novo Risco Sacado: Qual o impacto nas Demonstrações a Partir de 2024?

Após a publicação do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade, a partir de 2024, as demonstrações financeiras deverão mudar para as empresas que utilizam o Risco Sacado, impondo que contemplem as seguintes informações nas notas explicativas das demonstrações anuais:

  • Termos e condições das operações com fornecedores;
  • Exposição ao Risco Sacado nos fluxos de caixa do balanço; e
  • Detalhamento das operações contratadas, incluindo prazos de pagamento, efeitos não caixa e eventuais riscos de liquidez.

Vale lembrar que por mais que a CVM tenha uma orientação sobre a necessidade de as empresas avaliarem a divulgação dessas operações, não era obrigatório discriminá-las nas demonstrações financeiras. E essa mudança é importante pois traz mais transparência sobre os riscos financeiros da empresa e mais padronização para a contabilização dessa operação.

 

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