• 26 Abr 2023

ESG no setor de Papel e Celulose

Enviromental, Social e Governance (ESG), é o termo usado quando nos referimos ao impacto que as organizações causam em três frentes:  

Ambiente (E) — Tratam de assuntos envoltos ao meio ambiente, como: consumo de recursos, emissão de poluentes, gestão de resíduos, biodiversidade e mudanças climáticas.  

Social (S) — Tratam de assuntos que envolvem as pessoas em âmbito social, como: direitos humanos, desigualdades sociais, diversidade, desenvolvimento das comunidades próximas às operações, direitos de clientes e direito dos colaboradores.  

Governança (G) — Tratam de assuntos envoltos a governança corporativa, como: ética, transparência, proteção de dados e privacidade, práticas fiscais e diversidade na alta gestão.  

O Termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global da ONU, atualmente a maior iniciativa de sustentabilidade no ambiente corporativo do mundo, em parceria com o Banco Mundial. O Pacto Global possui 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que compõe a Agenda 2030, esses objetivos são considerados metas globais que auxiliaram e fortalecem a cultura de sustentabilidade.  

Nos últimos anos, as práticas de ESG, tem ganhado?pertinência no mercado.Segundo o relatório, Retrato da Sustentabilidade no Mercado de Capitais, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), 86% dos gestores entrevistados, consideram que o tema ganhou mais relevância pós-período pandêmico. O relatório também traz a relevância das práticas de ESG, nos processos de decisão das organizações, 49%?dos gestores entrevistados, consideram os fatores de ESG para mais de 50% dos ativos de gestão 30% consideram para quase todos os ativos 

Do olhar dos investidores a ESG também está em foco. Segundo o Relatório, EY Global Corporate Reporting and Institutional Investor (Ernst & Young, 2022), 78%?dos investidores entrevistados acreditam que deve haver investimento em ESG mesmo que no curto prazo, o lucro seja reduzido. A divulgação das ações praticadas também é importante, quase a totalidade dos investidores (99%), avaliam divulgações não financeiras, seja de maneira informal, ou de forma estruturada.  

O Setor de Celulose e a ESG  

Segundo dados da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), o setor de papel e celulose brasileiro possui grande representatividade no contexto mundial, sendo a 4° maior do mundo em volume de produção de celulose e a 9° entre os fabricantes mundiais de papel.  

As práticas de Enviromental, Social e Governance (ESG), são consideradas importantes e amplamente discutidas pelas grandes empresas do setor, que é considerado referência em práticas de ESG no Brasil. O próprio formato de operações do setor o leva para o caminho da sustentabilidade. Tendo como base o plantio florestal os recursos produtivos do setor requerem inovações voltadas a práticas sustentáveis.  

Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor de celulose é responsável por 36% dos hectares de árvores plantados, que do total absorvem 1,88 bilhão de toneladas de CO2eq¹ da atmosfera, desses 7,4 milhões são certificados como manejo florestal. Além disso, para cada hectare de floresta plantada conserva-se em média 0,7 hectares de área natural. Na conservação dos recursos hídricos a indústria também é referência, quase a totalidade (99,7%) da água capitada retorna ao ponto de origem ou evapora retornando a atmosfera.  

A busca por uma produção sustentável, também levou as empresas do setor a autogeração de energia, isso porque, no processo de extração da celulose é gerado o Licor Preto, que quando queimado é altamente energético. Além disso, a biomassa, ou seja, uso de pedaços de madeira e outros resíduos que são matéria orgânica da própria produção, também é comumente usada para a produção de energia. Assim, as empresas mais desenvolvidas são capazes de alcançar a autossuficiência energética e vender energia renovável para outras empresas ou comunidades.  

Entre as empresas que são destaque, trouxemos alguns projetos da agenda de sustentabilidade:  

A Eldorado Brasil é uma das maiores empresas do setor de papel e celulose brasileiro. A agenda de sustentabilidade da empresa possui projetos que abrangem as três temáticas da sigla ESG. Entre seus projetos de destaque, a empresa inaugurou, em 2021, a Termoelétrica Onça Pintada, a primeira movida a biomassa do Brasil, sendo a primeira no país a consumir a totalidade do eucalipto da cadeia produtiva. De toda a energia gerada pela Onça Pintada, 28% é distribuída entre indústrias parceiras e 21% é distribuída no sistema elétrico nacional.  

A CMPC foi reconhecida como uma das empresas mais sustentáveis do mundo pelo índice Dow Jones Sustainability Index (DJSI), o indicador leva em consideração a performance das empresas líderes mundiais, em sustentabilidade. A agenda de sustentabilidade da empresa possui, entre seus projetos voltados a ESG, o BioCMPC, que teve início em 2021 e tem a finalidade de transformar a unidade industrial de Guaíba em uma das mais sustentável do Brasil. O investimento no projeto foi de 2,75 bilhões e possui um total de 31 iniciativas, relacionadas a inovação de equipamentos, gestão ambiental e modernização operacional. A proposta também inclui a contratação de fornecedores locais, o que demonstra o compromisso da CMPC com o fomento das cadeias produtivas adjacentes.  

A Suzano, integra a lista das empresas com os melhores resultados no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 (Boletim de fevereiro 2023), o levantamento considera as performances em relação à sustentabilidade corporativa. A agenda de sustentabilidade a empresa possui metas de longo prazo, com compromissos até 2030, que abrangem os três pilares da ESG. Entre os projetos com foco em sustentabilidade desenvolvidos, a empresa possui um projeto de Gestão de Risco de Fornecedores (conectado ao ODS 8), que considera dois pontos principais: Probabilidade de impacto socioambiental da cadeia de fornecimento e nível de corresponsabilidade da Suzano.  

 

  

ESG na cadeia de suprimentos: O caso da Suzano  

A sustentabilidade vai além de ações diretas das empresas voltadas para ESG, isso porque, o mercado passou a entender que todos os stakeholders precisam estar na agenda. Neste sentido, a cadeia de suprimentos precisa ser resiliente, sustentável e envolvidas com as práticas de ESG, para que sejam alcançados os objetivos globais de sustentabilidade.  

Empresas como a Suzano, cliente da Monkey no SupplyPlus, tem entre os seus objetivos voltar suas práticas de sustentabilidade para toda a cadeia de suprimentos. A empresa referência no setor de papel e celulose, já possibilitou mais de 1 Bilhão em crédito de recebíveis de notas ficais para sua cadeia de fornecimento.  

O programa da Suzano em parceria com a Monkey, foi batizado de “Suzano Fortalece”. O acesso à plataforma da Monkey, permite que os fornecedores da Suzano, otimizem seu fluxo de caixa sem onerar seu limite de crédito, a taxas competitivas de mercado por meio de leilão reverso entre múltiplas instituições financeiras, na modalidade de operação de crédito, Risco Sacado. Contribuir para a saúde financeira de seus fornecedores, através de um programa de antecipações, fortalece as empresas de fornecimento e promove o engajamento de práticas sustentáveis entre elas.  

Neste sentido, a parceria entre a Suzano e a Monkey contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da ONU, principalmente, os objetivos de Trabalho Descente e Desenvolvimento Econômico (ODS 8), tornando maior o acesso a soluções financeiras disponíveis no mercado financeiro, e para o desenvolvimento da Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9), por efeito de aumentar o acesso das pequenas indústrias e demais empresas aos serviços financeiros.?  

Iniciativas como a da Suzano estimulam o crescimento de forma sustentável de pequenas e médias empresas, que fornecem para o setor de papel e celulose.  

  

Como a Monkey auxilia seus clientes nas práticas ESG  

A Monkey é a plataforma líder em antecipação de recebíveis, nosso propósito é melhorar a saúde financeira de pequenas e médias empresas e ampliar e modernizar o mercado de crédito. Através da nossa plataforma, auxiliamos nossos clientes na execução de suas próprias estratégias de Enviromental, Social e Governance (ESG).  

Isso porque tendo um programa de antecipações na nossa plataforma, as empresas podem contribuir positivamente para a saúde financeira de pequenas e médias empresas pertencentes a sua cadeia de fornecedores, incentivando acesso a produtos financeiros ampliando sua oferta de crédito e promovendo o acesso a valores mais competitivos nas taxas de antecipação de recebíveis disponíveis do mercado.  

Além disso, com o fortalecimento da cadeia de suprimentos, é possível, consequentemente, promover práticas de ESG entre os fornecedores.  

Quer fomentar a sua cadeia de fornecedores, tendo seu próprio programa de antecipações? Entre em contato com os nossos especialistas.